Saga Urumajó - Parte I

Hoje eu estava vendo o meu HD e encontrei fotos que foram digitalizadas há muito tempo pela minha amiga Adriete Ribeiro, dos tempos idos onde existia no Urumajó - Tralhotos e Baiacus. A minha saga começou em 1996 - quando eleito pela primeira vez para Gestor Municipal, então colega de Faculdade Dr. Milton Mateus Lobão. Um grupo de professores de Nova Olinda pediu para o Coordenador do campus Universitário de Bragança Profº Miguel Ramos, em abaixo assinado que viabilizasse um cursinho pré-vestibular. Miguel perguntou se eu queria coordenar a equipe, aceitei na hora. A única certeza: o motorista para levar e trazer que seria pago pelo prefeito eleito e carinho da comunidade. Seu João, conhecido por Jabeco dirigia na época um carro branco que ele carinhosamente o chamava de coelhinho, e assim aos sábados de manha partíamos rumo a Nova Olinda e domingo a tarde regressávamos a Bragança. A equipe: Gorete Mesquita, Wiama, Ed Wilson, Warlei, Carla Ramos, Ana Cristina Rodrigues Ramos , fazíamos revezamento, isto sem ganhar nenhum tostão. Por diversas vezes ficávamos ilhados porque as condições das pontes não permitiam que o coelhinho passasse, para o desespero de seu Jabeco. No vestibular da UFPA 1997 - foi aprovada a única aluna que se escreveu para a prova: Maria Jacirene Reis Amorim, curso de História 97 Em 1998 pedi transferência da Escola Mário Queiroz para a Escola André Alves. E Nova Olinda me acolheu para terminar de criar os meus filhos e lá encontrei o homem para chamar de meu. Ainda está viva em minha memória a situação de penúria que se encontrava o município, sucateado, sem pontes, sem energia, sem água, com sete meses de salários atrasados. A municipalização chegou e encheu os olhos do gestor, na esperança de melhorar a EDUCAÇÃO do município, os polos foram criados e o Ensino Médio Regular implantado. Novamente, tudo começava com revezamento. Éramos três - Eu, Luis Carlos e José Alfredo e dessa vez o nosso motorista era o Toquinha. Um ficava em Nova Olinda e dois seguiam na epopeia Aturiaí e Araí - Os três polos eram coordenados pelas grandes baluartes: Jacirene Amorim, Leny Rosário e Iracy Quadros. O carro voltava a Nova Olinda sempre às 2 horas da madrugada. Ainda em 98 assumi o cargo de Coordenadora pedagógica B na SEMED de Augusto Corrêa e de novo. Éramos três: Eu, Helena Teixeira e a atual prefeita a Professora Romana Reis. Somente três para cuidar do município inteiro. Muitas vezes vi os carros chegarem para entregar no Trevinho as cestas básicas, exatamente isso, o município estava no mapa da fome. Em menos de dois anos, se não me falha a memória, o Secretário de Agricultura Francisco Douglas Rocha o transformou no cinturão verde do Nordeste paraense e assim Augusto Correa foi se transformando... Na saga Urumajó II trarei outras reminiscências. A imagem acima mostra realmente a evolução dos trabalhos que efetivamente mudaram os rumos do município